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Como o eleitor decide seu voto

Como o eleitor decide seu voto

22/10/2020 21h18Atualizado há 3 anos
Por: Rodrigo Mario
Fonte: ascom rolando na orla

Como o Eleitor Decide o seu Voto?

Capitulo I – A Empatia

 

Por Luciano Lima

Consultor e Estrategista Político,

Advogado, Pós Graduado em Direito,

Mestrando em Ciências Jurídicas e Ciência

Política pela Universidade Infante Dom Henrique

Contatos: 21 98661-2158

Email: lucianolima_adv@hotmail.com

 

Introdução.

A história do voto no Brasil tem sua origem datada em 23 de janeiro de 1532, quando os moradores da primeira vila fundada na colônia portuguesa, São Vicente, foram às urnas para eleger o Conselho Municipal. O povo elegeu seis representantes que em seguida escolheram os oficiais do Conselho, sendo esta uma votação indireta. Somente em 1821 deixou-se de votar apenas em âmbito municipal e os eleitores puderam escolher 72 representantes junto à corte portuguesa. Nos períodos colonial e imperial o voto era restrito àquelas pessoas, maior e com determinada renda mínima. Havia também o voto por procuração e não existia título de eleitor. Somente em 1842 foi proibido o voto por procuração, sendo instituído em 1881 o título de eleitor (Macedo, & Manhanelli, agosto 2007).

Com a promulgação da Constituição no dia 5 de outubro de 1988, foram restabelecidas as eleições diretas com dois turnos para presidência, os governos estaduais e às prefeituras com mais de 200 mil eleitores. Somente em 1989 o brasileiro voltou a escolher, pelo voto direto, o Presidente da República, após 29 anos com eleições presidenciais indiretas.

Assim, a cada eleição, o eleitor participa politicamente no processo eleitoral por meio da escolha do governante que irá representar seus interesses na tomada de decisões. A participação política dos eleitores restringe-se quase que exclusivamente ao tempo da política, sendo este o período em que os representantes políticos se aproximam dos eleitores na busca de votos.

A compreensão de como o eleitor faz suas escolhas é considerada temática clássica de diferentes áreas de conhecimento, como as ciências sociais e políticas. Entender o comportamento do eleitor constitui assunto de interesse também da Pisicologia, Sociologia, Administração Pública e do Marketing Político (Barros, Sauerbronn & Ayrosa, setembro 2005).

A Socialização Política do Cidadão.

Em seu livro intitulado “A Decisão do Voto”, o cientista político e escritor, Marcus Figueiredo, escreveu em 1989, que os estímulos políticos começam no ambiente social do indivíduo, a partir do processo inicial de formação, por meio de sua família. Segundo ele, o grau de importância dispensado à política resultaria na socialização política, que se processaria no sistema de atitudes compartilhadas por indivíduos com características demográficas e sociais semelhantes.

Os contextos estruturais em que os indivíduos se inserem e as interações que se dão dentro do grupo de que fazem parte. pode explicar o seu comportamento como eleitor.

As formas como os problemas são enfrentados e como as decisões são tomadas em nossos primeiros núcleos sociais (família, escola, equipe etc.), são os maiores influenciadores dessa formação.

Mas, não obstante toda essa naturalidade que vivenciamos em nossos relacionamentos intragrupos, tomamos ainda decisões baseadas em ideologias políticas, sociais e econômicas etc.

Capitalistas, Comunistas, Socialistas, Liberais, Social Democratas etc., historicamente estabeleceram um confronto eleitoral nos quatro cantos do planeta. Estes enfrentamentos vão, da ideologia política à ideologia de Gêneros, Raça e Etnia entre outras.

Estes fatores ainda hoje, são motivos para o eleitor escolher o candidato e/ou partido que melhor o representará, tanto nos parlamentos, quanto nos executivos, federal, estaduais e municipais. Ainda que, com menor intensidade.

Hodiernamente, a expressão do eleitor reflete maior inferência a fatores diversos como: História, reputação, imagem, pensamentos e projetos do candidato. Daí a importância do Marketing Político (tema que será abordado num dos próximos capítulos), na construção e consolidação dessa relação entre eleitores e candidatos.

Por ora, cabe pontualmente discorrer sobre o plano da relação interpessoal, onde outros fatores interferem e guiam o eleitor na decisão do seu voto. Como por exemplo: a EMPATIA e a PERSUASÃO.

A Empatia.

A escolha do candidato pelo eleitor, começa pela EMPATIA entre ambos. O que ocorre em cerca de 7 segundos. Isso mesmo! Em aproximadamente 7 segundos é possível que alguém INCONSCIENTEMENTE, afirme gostar, odiar ou desprezar outrem. Entretanto, caso isso não ocorra FAVORAVELMENTE ao candidato, terá ele que DESCOBRIR e DESCONTRUIR, a imagem que o eleitor estabeleceu sobre ele. Implicando então, a utilização deliberada da EMPATIA. Entre outras ferramentas como PNL, Marketing Político e Neuropolítica, entre outras.

Com efeito, a EMPATIA, como ferramenta de relacionamento interpessoal é extremamente importante. Contudo, insta explicar os 3 diferentes tipos de EMPATIA: Cognitiva, Emocional e Compassiva ou Solidária.

A primeira espécie, a Empatia Cognitiva, representa a sua compreensão de como a outra pessoa vê o mundo. Se quando você se comunica com uma determinada pessoa você utiliza termos diferentes ou palavras especificas, pode ser um sinal de que você está exercitado a sua Empatia Cognitiva.

Você quer que entendam você e por você conhecer que a outra pessoa utiliza um vocabulário diferente, você tenta se adaptar.

Um exemplo comum é quando você interage por muito tempo com pessoas de outro estado e acaba absorvendo o sotaque. Para exercitar a Empatia Cognitiva, precisamos ouvir a outra pessoa com atenção. Ouvir não se trata apenas de comunicação verbal, mas também de observar com atenção e entender a

comunicação não verbal (visual e cinestésica). A técnica de Rapport (PNL), para diminuir a resistência é uma ferramenta que não se deve desprezar.

Na segunda espécie, a Empatia Emocional, um interlocutor consegue se sentir da mesma forma que a outra pessoa se sente. Talvez a Empatia Emocional seja a forma mais comum a ser discutida, algumas pessoas descrevem como “tentar se colocar no lugar da outra pessoa”.

A Empatia Emocional exige que você conheça a outra pessoa de forma um pouco mais profunda, apenas “tentar se colocar no lugar.” não é o suficiente.

Na espécie, Compassiva ou Solidária, não apenas compreendemos a situação de uma pessoa, mas também nos sentimos solidários com ela, nos movemos espontaneamente para ajudar, se necessário.

Matéria ligada a psicologia e a sociologia, a empatia traz em comum de ambas as áreas cientificas as seguintes conclusões: é a arte de se colocar no lugar do próximo, buscar entender suas dores e vivências por uma nova perspectiva. É não se fechar em uma bolha pensando que não existe nada mais ao redor, mas entender que cada ser humano é diferente do outro na mesma medida que é igual.

Pragmaticamente, utilizar-se da empatia como ferramenta de interação e compreensão do comportamento humano, é acreditar que “o corpo fala” é alfabetizar-se nessa linguagem que representa cerca de 55% da atenção das pessoas; contra 38% do tom de voz e da maneira de se falar. Neste universo, apenas 7% aproximadamente, valorizam mais o conteúdo do que se ouve. Isso demonstra o enorme valor de um discurso ou narrativa com forte apelo emocional.

Atrair atenção das pessoas durante o período eleitoral, não é uma tarefa fácil. Diante da diversidade de candidatos e propostas, deve-se investir intensamente em formadores de opinião. Isso, ainda dá tempo.

Experimente essa ingerência no inconsciente do eleitor. Você irá se surpreender.

 

Dica de Leitura: “O Corpo Fala” de Pierre Weil e Roland Tompakow.

Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B5CK2xfgallpeWJQMHpvY05DR28/edit?pli=1

 

No próximo Capitulo conversaremos sobre as “Ar

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