O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira, 22, a lei orçamentária de 2021 com veto a R$ 19,767 bilhões, cancelados definitivamente, e bloqueio adicional de R$ 9,3 bilhões em despesas discricionárias, que podem ser liberados no decorrer deste ano. Os maiores bloqueios foram nos ministérios da Educação (2,7 bilhões), Economia (R$ 1,4 bilhão) e Defesa (R$ 1,3 bilhão).
Somando os cancelamentos e bloqueios, o Orçamento perdeu R$ 29,1 bilhões em comparação com o projeto aprovado pelo Congresso em março. No entanto, o Executivo já encaminhou ao Congresso projeto de lei de crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões que na prática repõe os valores vetados.
Ao explicar as razões do veto, o presidente argumentou que os estudos técnicos indicam uma insuficiência de espaço no teto de gastos para atender despesas obrigatórias e do orçamento impositivo.
O Orçamento 2021 tem R$ 1,656 trilhão em despesas obrigatórias. Também inclui orçamento impositivo de despesas discricionárias de R$ 9,7 bilhões de emendas individuais e R$ 7,3 bilhões de emendas de bancada. Cada parlamentar apresentou individualmente R$ 16,3 milhões em emendas, sendo que metade do valor se destina à Saúde.
As despesas com Previdência chegam a R$ 698,5 bilhões, e os gastos com pessoal, R$ 363,6 bilhões, incluindo despesas com inativos e pensionistas do setor público. Os recursos para investimento chegam a R$ 144,4 bilhões, sendo que R$ 133,137 bilhões vão para o Ministério de Minas e Energia.