O povo é o supremo poder de uma nação". Essa foi apenas uma das frases do discurso do pastor Silas Malafaia no ato convocado junto a bolsonaristas para pedir o 'impeachment' do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Malafaia, que admitiu ser o financiador da manifestação, questionou as ações movidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presente ao evento, citando artigos da Constituição que, segundo ele, teriam sido 'rasgados' por Moraes.
O pastor citou o inqérito das joias alegando parecer do TCU que permitiu o uso pelo presidente Lula de um relógio de alto valor, considerado presente 'personalíssimo'. No caso de Bolsonaro, a investigação apura a tentativa de venda de joias avaliadas em mais de R$ 6 milhões, 100 vezes mais que o relógio, que não foi vendido.
"Não existe golpe sem o poder das armas, isso é uma farsa de Alexandre de Moraes para produzir perseguição política", disse o pastor, que considerou a chamada 'minuta do golpe' uma farsa. "O presidente apresentou aos comandantes militares um documento de garantia da lei e da ordem", afirmou, sem entrar no mérito do embasamento de tal decreto.
Dando seguimento aos ataques contra Alexandre de Moraes, Malafaia questionou a legalidade do ministro cinduzir um inquérito do qual se coloca como vítima, e a condemnação dos manifstantes envolvidos no ataque às sesdes dos três poderes.
"Todo brasileiro tem direito ao duplo grau de jurisdição, aqueles brasileiros não têm foro privilegiado", alegou, discordando do julgamento realizado pelo Supremo. E acrescentou: "Alexandre de Moraes tem que sofrer impeachment e ir pra cadeia".
Malafaia relembrou uma antiga expressão usada por apoiadores de Bolsonaro, segundo a qual 'o povo é o supremo poderde uma nação' e convocou os manifestantes a se levantar contra o Supremo Tribunal Federal.
"Quando o povo se levanta, não tem Senado, Câmara dos Deputados, STF, quando o povo se levanta eles têm que se dobrar. Aqui é mais um tijolo que estamos colocando, vai chegar a hora que o Alexandre de Moraes vai ter que prestar contas".