Por Iander Porcella, Agência Estado
A ex-ministra Marina Silva defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista ser alvo de um protesto de bolsonaristas em Campinas (SP) nesta quinta-feira, 5. Nas redes sociais, ontem, ela classificou o episódio como "ato de covardia". Nas últimas semanas, Lula tem tentado, sem sucesso, se reaproximar da antiga aliada e conquistar o apoio dela à sua candidatura ao Palácio do Planalto.
O gesto de Marina vem após ela faltar a um ato político em que uma ala da Rede anunciou o embarque oficial na campanha de Lula. Na cerimônia organizada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no dia 28 de abril, em Brasília, o petista fez um aceno à ex-ministra. "Eu, na verdade, esperava que a Marina estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga, é muito grande", declarou.
Lula também disse, contudo, que não entendia os "momentos de raiva" de Marina, que foi filiada ao PT por mais de três décadas, e deixou o partido em 2009. Numa entrevista ao UOL, em 2 de maio, a ex-ministra classificou a fala de Lula como machista. "Se fosse com um homem o diálogo, será que seria nesses termos?", questionou.
Hoje, Marina se solidarizou com o petista por conta de xingamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o episódio foi "inadmissível". "Isso não é política. É um ato de covardia. Me solidarizo com o pré-candidato @lulaoficial. Não se pode permitir que a violência política integre o processo eleitoral como tática para chegar ao poder", escreveu a ex-ministra, no Twitter.
"As autoridades responsáveis pela segurança pública no País precisam agir com prontidão para evitar que tais cenas se repitam daqui em diante. A integridade física e a vida dos pré-candidatos também estão sob suas responsabilidades", emendou Marina.
Nesta quinta-feira, bolsonaristas protestaram contra Lula na saída de um condomínio onde o ex-presidente esteve para almoçar. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram manifestantes gritando "Lula ladrão". Muitos usavam camisetas da Seleção Brasileira e estavam enrolados em bandeiras do Brasil. A assessoria do petista, contudo, minimizou o protesto
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