
Durante festa da Padroeira, Valdemar se alia à velha guarda e Medrado consolida liderança popular em Valença
O clima de fé e devoção marcou a tradicional festa da Padroeira de Valença, mas bastou um olhar mais atento para perceber que o evento religioso também expôs os novos rumos da política local.
Valdemar, que há poucos meses se apresentava como símbolo de renovação, se juntou justamente aos velhos nomes que o povo já conhece bem. Ao lado de Jucélia Nascimento e do ex-prefeito Jairo Batista, ele agora caminha sob a sombra de ACM Neto, repetindo o mesmo discurso de “mudança” que Valença já viu — e reprovou — outras vezes.
A aliança surpreendeu até antigos aliados, já que Jucélia e Jairo foram protagonistas de gestões marcadas por desgaste e falta de resultados, e chegaram a trocar acusações no passado. Hoje, no entanto, posam juntos em uma tentativa de se reinventar politicamente ao lado de Valdemar — aquele que dizia ser o novo, mas se abraçou de vez com o que há de mais antigo na política da cidade.
Enquanto isso, Medrado seguiu em outro tom. Participou das celebrações religiosas com humildade, caminhando entre o povo, sendo saudado e abraçado a cada passo. Sem seguranças, sem palanque e com o carisma de quem governa com o coração, o gestor mostrou mais uma vez que sua força não vem de alianças políticas, mas da confiança popular.
Entre cânticos e aplausos, a cena foi simbólica: de um lado, um grupo tentando reviver o passado; do outro, um líder que representa o presente e o futuro de Valença.
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