A recente denúncia feita por Bertolino Júnior sobre o controle centralizado de Jairinho Baptista, filho do prefeito de Valença e atual secretário de Finanças, levantou questões graves sobre a gestão municipal. Segundo Bertolino, Jairinho teria tomado as rédeas administrativas e financeiras da prefeitura, deixando secretários como meros figurantes, apenas assinando documentos enquanto ele detém as chaves de acesso e decide todos os pagamentos. Esse modelo de gestão tem sido alvo de críticas por sua falta de transparência e possível violação legal.
Possíveis Crimes e Irregularidades
A prática descrita pode configurar usurpação de função pública, prevista no artigo 328 do Código Penal, caso Jairinho esteja exercendo poderes que legalmente não lhe cabem. Além disso, ao retirar a autonomia de secretários municipais, ele pode estar infringindo princípios constitucionais da administração pública, como o da legalidade, moralidade e eficiência (artigo 37 da Constituição Federal).
Caso fique comprovado que Jairinho atua como gestor principal, decidindo pagamentos e movimentações financeiras sem as devidas prerrogativas legais, isso poderia ainda configurar improbidade administrativa (Lei 8.429/1992, artigo 11), uma vez que estaria prejudicando a atuação de secretários responsáveis, minando a transparência e o funcionamento adequado da máquina pública.
Consequências para Valença
A denúncia não só coloca Jairinho no centro de um possível escândalo, mas também revela um grave problema estrutural na administração de Valença. Secretarias essenciais, como Educação, Saúde e Ação Social, estariam operando sem controle sobre seus próprios recursos, o que pode afetar diretamente a qualidade dos serviços oferecidos à população.
Se confirmada, a centralização do poder por Jairinho pode ser vista como um golpe interno na gestão pública, minando o papel do prefeito e das secretarias. Para os críticos, a situação escancara um modelo autoritário de administração, em que decisões são tomadas sem qualquer colegialidade ou supervisão.
A Polêmica Cresce
Jairinho já enfrentava críticas por outros episódios, como o atraso nos pagamentos do funcionalismo público e a demora na quitação do PIS/PASEP. Agora, com essa denúncia, sua imagem pública fica ainda mais abalada, alimentando a insatisfação popular.
A sociedade de Valença merece explicações. Caso não haja investigação ou uma resposta clara, o futuro político da gestão municipal pode estar ainda mais comprometido. Afinal, como dizem os moradores, “quem manda em Valença não é o prefeito, mas o filho”.
E você, o que acha dessa situação? Será que Jairinho Baptista é apenas um secretário eficiente ou se tornou, de fato, o prefeito paralelo de Valença?
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